Em diversas regiões de África é possível encontrar lendas e
tradições populares de seres com características vampíricas. Na parte
ocidental, por exemplo, o povo Axânti fala de um ser de dentes
de ferro que vive nas árvores, o “Asanbosam”, e os “Ewés” do Adze, que pode tomar a forma de um vaga-lume e
caçar crianças. A região do Cabo Oriental, tem o “Impundulu”, que pode tomar a forma de um grande pássaro com garras e é capaz de
invocar raios e trovões. O povo Betsileo de Madagascár, fala
do “Doramanga”, um fora da lei ou vampiro vivente, que bebe sangue e come as aparas das
unhas dos nobres. Em Moçambique, existe um mito persistente sobre "Dragões chupasangue" que atacam a
população durante a noite. Já em 1498, quando Vasco da Gama chegou ao
porto de Quelimane, se deparou com estranhos cultos, que perduraram por
volta do século XVII, de seres sobrenaturais que saiam durante a noite, para se
alimentarem do sangue de pessoas e animais, causando-lhes por vezes, a morte.
No continente
americano, o "Loogaro", é um exemplo de como uma crença vampírica pode ser o resultado de uma
combinação de várias delas, no caso, uma mistura de influências francesas e de
Vodu africano, ou "Voodoo". O
termo "Loogaroo", possivelmente deriva do francês "Loup-garou", que significa
"lobisomem", que é comum na cultura das Ilhas Maurícias. No entanto, as
histórias sobre o
"Loogaroo", estão difundidas pelas ilhas do Caribe e pela Luisiana, nos Estados Unidos. A Soucouyant de Trinidad, e a Tunda e Patasola do folclore colombiano, são monstros
femininos de tradição semelhante, enquanto que os Mapuches do Chile meridional, têm a
cobra sugadora de sangue conhecida como "Peuchen". Uma espécie de erva/folhagem, pendurado do avesso, por detrás ou perto de
uma porta, é tido como eficaz no afastamento de seres vampíricos, principalmente nas
superstições sul americanas. A mitologia asteca, possui lendas sobre os Cihuateteo,
espíritos com cara de esqueleto, pertencentes àqueles que morreram à nascença e,
que raptavam crianças mantendo relações sexuais com os vivos, levando-os à
loucura.
Durante o final do século XVIII e no XIX, a crença aos vampiros, estava largamente difundida, em partes na Nova Inglaterra, em particular, em Rhode Island e em Connecticut oriental. Existem porém, muitos
casos documentados de famílias, que desenterraram os seus entes queridos e lhes
removeram o coração, por acreditarem que o falecido, era um vampiro responsável
pelas doenças e mortes que afligiam a família, embora o termo
"vampiro" nunca tivesse sido usado para descrever o falecido. No entanto, se acreditava que a tuberculose, tida como uma doença fatal e incurável na época, ou
"consumação", como era conhecida, era causada por visitas noturnas
de algum membro da família que houvesse morrido. O
caso de suspeita de vampirismo mais famoso, e de registro mais recente, foi o
de Mercy Brown, que morreu aos 19 anos em Exeter, Rhode Island, no ano de 1892. Seu pai, assistido pelo médico da família, a removeu da
tumba, dois meses após a sua morte, removendo seu coração e o queimando até ficar
em cinzas.
Na Ásia, as modernas crenças vampíricas, enraizadas decorrentes do folclore mais antigo, se propagaram por todo o continente asiático, desde as lendas das entidades maléficas do tipo Ghoul, aos seres vampíricos das ilhas do sudoeste asiático. Na Ásia Meridional, também houve o desenvolvimento das suas próprias lendas vampíricas. O Bhúta ou Prét, é a alma de um homem que morreu de morte apressada. Esta, vagueia pelas redondezas, animando cadáveres à noite, e atacando os vivos, muito ao modo do Ghoul. No norte da Índia, existe o BrahmarākŞhasa, uma criatura vampírica com a cabeça rodeada por intestinos e uma caveira, de onde bebe sangue. A figura do Vetála, presente nas lendas da Ásia Meridional, pode ser descrita como um "vampiro".
Na Ásia, as modernas crenças vampíricas, enraizadas decorrentes do folclore mais antigo, se propagaram por todo o continente asiático, desde as lendas das entidades maléficas do tipo Ghoul, aos seres vampíricos das ilhas do sudoeste asiático. Na Ásia Meridional, também houve o desenvolvimento das suas próprias lendas vampíricas. O Bhúta ou Prét, é a alma de um homem que morreu de morte apressada. Esta, vagueia pelas redondezas, animando cadáveres à noite, e atacando os vivos, muito ao modo do Ghoul. No norte da Índia, existe o BrahmarākŞhasa, uma criatura vampírica com a cabeça rodeada por intestinos e uma caveira, de onde bebe sangue. A figura do Vetála, presente nas lendas da Ásia Meridional, pode ser descrita como um "vampiro".
Embora os
vampiros marquem presença no cinema japonês, desde o
final dos anos 50, o seu folclore, tem origem ocidental. No entanto, o Nukekubi,
presente na cultura japonesa, é um ser cuja cabeça e pescoço se separam do corpo, para voar ao redor, em
busca de presas humanas durante a noite.
Desta forma, lendas de seres femininos, semelhantes a vampiros, que são capazes de separar partes superiores do seu corpo, também ocorrem nas Filipinas, Malásia e Indonésia. Existem, dois tipos principais de criaturas vampíricas nas Filipinas, o "Mandurugo" (Chupador de sangue) do povo Tagalog, e o "Manananggal" (Auto-segmentador) dos Visayan. O Mandurugo, é uma variedade de Aswang, que toma a forma de uma atraente jovem durante o dia, e à noite, ganha asas e uma longa e oca língua, semelhante a um fio. A língua, é usada para chupar o sangue das vítimas durante o sono. O Manananggal é descrito como uma bela mulher, mais velha que o Mandurugo, capaz de cortar a parte superior do seu torso, capaz de voar durante a noite com enormes asas, semelhantes às dos morcegos, violentando mulheres grávidas durante o sono em suas casas, sem que elas percebam, usando uma língua alongada em forma de tromba, para sugar os fetos. Também gostam de comer as entranhas (em especial, o coração e o fígado) e a fleuma das pessoas doentes.
Desta forma, lendas de seres femininos, semelhantes a vampiros, que são capazes de separar partes superiores do seu corpo, também ocorrem nas Filipinas, Malásia e Indonésia. Existem, dois tipos principais de criaturas vampíricas nas Filipinas, o "Mandurugo" (Chupador de sangue) do povo Tagalog, e o "Manananggal" (Auto-segmentador) dos Visayan. O Mandurugo, é uma variedade de Aswang, que toma a forma de uma atraente jovem durante o dia, e à noite, ganha asas e uma longa e oca língua, semelhante a um fio. A língua, é usada para chupar o sangue das vítimas durante o sono. O Manananggal é descrito como uma bela mulher, mais velha que o Mandurugo, capaz de cortar a parte superior do seu torso, capaz de voar durante a noite com enormes asas, semelhantes às dos morcegos, violentando mulheres grávidas durante o sono em suas casas, sem que elas percebam, usando uma língua alongada em forma de tromba, para sugar os fetos. Também gostam de comer as entranhas (em especial, o coração e o fígado) e a fleuma das pessoas doentes.
O "Penanggalan Malaio", pode ser uma bela mulher tanto velha como
nova , que obteve a sua beleza através do uso ou de magia negra, ou outros
meios sobrenaturais, e geralmente descrita no folclore local, como sendo de
natureza sombria e/ou demoníaca. Esta, consegue separar a cabeça com as suas
presas aguçadas, a qual sobrevoa pelas redondezas durante a noite em busca de
sangue, tipicamente de mulheres grávidas. Os malaios, costumam pendurar Jeruju em volta das portas e janelas das casas, na esperança que o Penanggalan não entre, com medo de ficar com
os intestinos presos aos espinhos. O Leyak, é um ser semelhante do folclore balinês. Um Kuntilanak, ou Matianak na Indonésia, e Potianak ou Langsuir na Malásia, é uma mulher que morreu durante a infância, e
tornou-se morta-viva, em busca de vingança aterrorizando aldeias. Toma a
forma de uma atraente mulher com suas longas madeixas negras, que esconde um buraco na
parte posterior do pescoço, o qual, utiliza para sugar o sangue das crianças. O
preenchimento desse buraco com o seu próprio cabelo, tem o efeito de afasta-la.
Se colocavam contas de vidro na boca dos cadáveres, e ovos debaixo de cada
axila, e agulhas nas palmas das mãos, impedindo desta forma, que se tornassem num Langsuir.
Jiang-Shi, do chinês tradicional, ou simplificado e Pinyin (cadáver rígido), muitas vezes chamados de "vampiros chineses" pelos ocidentais, são cadáveres reanimados, que vagueiam pelas redondezas, matando criaturas vivas, para lhes extrair a essência vital (Gí). De acordo com estudos, conta, que são criados, quando a alma de alguém (Pò), não consegue abandonar o corpo. No entanto, há quem coloque em causa a comparação entre Jiang-Shi e vampiros, uma vez que os Jiang-Shi, geralmente, são criaturas irracionais sem vontade própria. Uma característica pouco habitual deste monstro, é ter a pele coberta por uma pelagem branco-esverdeada, possivelmente derivada de fungos ou se decompondo sobre os cadáveres.
Jiang-Shi, do chinês tradicional, ou simplificado e Pinyin (cadáver rígido), muitas vezes chamados de "vampiros chineses" pelos ocidentais, são cadáveres reanimados, que vagueiam pelas redondezas, matando criaturas vivas, para lhes extrair a essência vital (Gí). De acordo com estudos, conta, que são criados, quando a alma de alguém (Pò), não consegue abandonar o corpo. No entanto, há quem coloque em causa a comparação entre Jiang-Shi e vampiros, uma vez que os Jiang-Shi, geralmente, são criaturas irracionais sem vontade própria. Uma característica pouco habitual deste monstro, é ter a pele coberta por uma pelagem branco-esverdeada, possivelmente derivada de fungos ou se decompondo sobre os cadáveres.
A era
moderna, apesar da descrença geral em entidades vampíricas, têm registro de acontecimentos ocasionais de vampiros. De fato, ainda existem associações
dedicadas à caça, embora tenham sido formadas largamente por motivos
sociais.
No início de 1970, a imprensa local, propagou rumores sobre um vampiro que assombrava o cemitério londrino de Highgate. Caçadores de vampiros amadores, afluíram em largos números ao cemitério, e assim, escritos livros sobre o caso, notavelmente por Sean Manchester, um habitante local que esteve entre os primeiros a sugerir a existência do "Vampiro de Highgate", e que mais tarde, afirmou ter exorcizado e destruído todos eles, numa única noite. Em Janeiro de 2005, circularam rumores sobre um atacante que teria mordido uma série de pessoas em Birmingham na Inglaterra, alimentando receios sobre uma a perambular pelas ruas. No entanto, a polícia local afirmou que tais crimes, jamais foram reportados, e que o caso, se trata de mais uma lenda urbana.
No início de 1970, a imprensa local, propagou rumores sobre um vampiro que assombrava o cemitério londrino de Highgate. Caçadores de vampiros amadores, afluíram em largos números ao cemitério, e assim, escritos livros sobre o caso, notavelmente por Sean Manchester, um habitante local que esteve entre os primeiros a sugerir a existência do "Vampiro de Highgate", e que mais tarde, afirmou ter exorcizado e destruído todos eles, numa única noite. Em Janeiro de 2005, circularam rumores sobre um atacante que teria mordido uma série de pessoas em Birmingham na Inglaterra, alimentando receios sobre uma a perambular pelas ruas. No entanto, a polícia local afirmou que tais crimes, jamais foram reportados, e que o caso, se trata de mais uma lenda urbana.
Aqui no Brasil, em Belém do Pará, no outono
de 1977, foi registrado o que
foi descrito como, uma estranha praga de vampirismo, envolvendo um "vampiro
luminoso", que teria ocasionado a morte de algumas pessoas por perda de
sangue, e ferimentos em várias outras.
Um dos
mais notáveis casos de entidades vampíricas da era moderna, o "Chupacabras", em Porto Rico e no México, é
descrito como uma criatura que se alimenta da carne e bebe o sangue de animais domésticos, levando em conta, que alguns o
consideram um tipo de vampiro. A "histeria do chupacabra" tem sido
frequentemente associada a profundas crises econômicas e políticas, em
particular nos anos 1990. Em Moçambique, na
região de Quelimane, incidentes de vampirismo, têm levado parte da população a deixarem suas casas e permanecendo a noite, em
edifícios públicos com medo dos "chupadores de sangue". Em 1996 a rádio de Moçambique, noticiou
o estranho caso de um cadáver, que se levantou do túmulo e percorreu as ruas de Nampula, após encontrarem diversos
cadáveres ensanguentados de pessoas e animais.
Relatos de ataques de vampiros, correram o país africano do Malawi, no final de 2002 e início de 2003, com multidões apedrejando um indivíduo até à morte e atacando pelo menos outros quatro, incluindo o Governador Eric Chiwaya. Fatos baseados na crença de que o governo, estava de conluio com vampiros.
Relatos de ataques de vampiros, correram o país africano do Malawi, no final de 2002 e início de 2003, com multidões apedrejando um indivíduo até à morte e atacando pelo menos outros quatro, incluindo o Governador Eric Chiwaya. Fatos baseados na crença de que o governo, estava de conluio com vampiros.
Na
Europa, onde a maior parte do folclore vampírico teve sua origem, o vampiro é considerado
como um ser fictício, embora muitas comunidades tenham acolhido a
criatura por motivos econômicos. Em alguns casos, especialmente em pequenas
localidades, as superstições sobre vampiros ainda estão bem enraizadas, e
relatos sobre ataques de vampiros ocorrem frequentemente. Na Romênia, em fevereiro de 2004, muitos parentes
de Toma Petre, recearam que este, havia de fato se tornado num vampiro, e exumaram seu corpo, extraindo seu o coração, o queimando e misturando às cinzas com água, para que pudessem beber e se alimentar de seus restos.
Em 2006, um professor de física da Universidade da Flórida, escreveu um artigo, argumentando a impossibilidade matemática da existência de vampiros, baseado na progressão geométrica. De acordo com o artigo, se o primeiro vampiro tivesse aparecido a 1º de Janeiro de 1600, e se alimentado uma vez por mês, que é menos que o que é representado no cinema e no folclore, e se todas as vítimas se tornassem vampiros, em cerca de dois anos e meio, toda a população humana existente à época, teria se tornado vampira. O artigo, não faz qualquer tentativa de resolver a questão da credibilidade do pressuposto que toda a vítima de um vampiro, se transforma em outro vampiro.
Em 2006, um professor de física da Universidade da Flórida, escreveu um artigo, argumentando a impossibilidade matemática da existência de vampiros, baseado na progressão geométrica. De acordo com o artigo, se o primeiro vampiro tivesse aparecido a 1º de Janeiro de 1600, e se alimentado uma vez por mês, que é menos que o que é representado no cinema e no folclore, e se todas as vítimas se tornassem vampiros, em cerca de dois anos e meio, toda a população humana existente à época, teria se tornado vampira. O artigo, não faz qualquer tentativa de resolver a questão da credibilidade do pressuposto que toda a vítima de um vampiro, se transforma em outro vampiro.
O vampirismo e o seu modo de vida vampírico, também representam uma parte relevante dos
movimentos ocultistas atuais. O mito do vampiro, as suas qualidades mágicas, imortais e sedutoras, e o arquétipo de
predador, expressam um forte simbolismo, que pode ser usado em técnicas que
envolvam o uso de ritual e de energia, podendo ser adotado como sistema espiritual. O vampiro, há séculos, que faz parte da
sociedade ocultista européia, e também se difundiu na subcultura americana, há mais de uma década, com forte influência e mistura das estéticas neogóticas.
Daniel, parabéns.
ResponderExcluirO blog está muito interessante.
Cultuta e conhecimentos sempre são bem vindos.
Bjs
Kelly HIAE
Obrigado pelo carinho. Volte quando quiser e sempre. Abraços.
ExcluirDaniel,
ResponderExcluirSeu blog está um sucesso!!!!
Parabéns
Bjs
Edleny HIAE
Obrigado Edleny. Fico feliz em saber que tenha gostado. Volte sempre.
ExcluirE pensar q os vampiros de hj em dia foram reduzidos à fadinhas (elas sim são seres de luz) e vegetarianos! Saudades dos tempos em q eles causavam medo e fascínio ao mesmo tempo.
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