Conheça um
pouco do esplendoroso legado que as civilizações antigas deixaram para a
humanidade.
As
civilizações antigas e suas cidades perdidas causam fascínio e despertam
interesse em muitos viajantes mundo afora. Conhecê-las de perto é a chance de
testar o que estudamos nas aulas de história do colégio e ainda tirar uma onda
de Indiana Jones, certo? Tudo bem, mas não só. É também uma forma de prestigiar
e reconhecer o extenuante e paciente trabalho de arqueólogos e historiadores
que tratam de desenterrar o passado para que jamais nos esqueçamos de quem
somos, de onde viemos, por que chegamos até aqui e para onde estamos indo. Ou
seja, é uma das melhores maneiras de entender e se situar no mundo. Para matar,
ou melhor, aguçar a curiosidade, reunimos alguns dos mais emblemáticos sítios
arqueológicos abertos ao turismo. Das idílicas ilhas gregas ao agreste
altiplano andino, das escaldantes areias egípcias à sufocante selva cambojana,
uma boa opção é um passeio fotográfico por templos, pirâmides, resquícios,
vestígios, construções imponentes e belos exemplos de centros urbanos
projetados ao longo dos séculos. Maravilhosos exemplos arquitetônicos de
organização política e social deixados por povos que legaram para a eternidade
o que hoje chamamos de patrimônio mundial da humanidade.
A partir de
agora você está convidado a embarcar em uma viagem no tempo. Uma viagem
extraordinária que passa por Troia e Éfeso, na Turquia; Pompeia, na Itália;
Akrotiri, na Grécia; Cartago, na Tunísia; Tebas, atual Luxor, no Egito;
Persépolis, no Irã; Petra, na Jordânia; Sanchi, na Índia; Angkor, no Camboja;
Teotihuacan, no México; Tikal, na Guatemala; Tiahuanaco, na Bolívia; Machu
Picchu, no Peru. Mas lembre-se: quando tiver a chance de conhecer pessoalmente
um desses lugares, nunca deixe de observar e respeitar as regras de visitação.
Arqueólogos, historiadores e o restante da humanidade agradecem.
Famosas por
suas belezas cênicas, em Akrotiri, Santorini, Grécia, as famosas ilhas gregas,
são um convite ao ócio e à "dolce vita". Mas Santorini, justamente a
mais badalada delas, guarda também o sítio arqueológico Akrotiri, onde estão as
ruínas do antigo Monastério de Katholiko. Escavações revelaram edificações da
Idade do Bronze, algumas das mais importantes descobertas arqueológicas do
Mediterrâneo. Mas em algum momento o local teve de ser abandonado em função de
terremotos e erupções vulcânicas. Sim, num processo similar ao que aconteceu na
italiana Pompeia, Akrotiri também foi coberta pela lava e teve suas construções
preservadas.
Em Cartago,
na Tunísia, fundada no século 9º a.C. pelos fenícios, destruída e reinventada
por romanos e, posteriormente, caiu nas mãos dos árabes. Originalmente, a
cidade controlou o comércio no Mediterrâneo, transformando-se numa potência
econômica à época. As ruínas daquele que foi um dos centros urbanos mais
importantes da humanidade resistem perto de Túnis, capital da Tunísia, e podem
ser visitadas pelos turistas.
Luxor, Egito.
Esfinges com cabeça de carneiro guarnecem avenida dos templos principais em
Luxor, antiga Tebas, no Egito. Ali foram feitas muitas das descobertas
arqueológicas mais importantes de todos os tempos, tal como a faraônica tumba
de Tutankhamon, trazida à luz em 1922 pelo egiptólogo inglês Howard Carter.
Troia,
Turquia. A lendária Troia remete à guerra entre gregos e troianos, epopeia
descrita nos poemas de Homero. Suas ruínas foram encontradas em 1871, feito
tributado ao alemão Heinrich Schliemann. Hoje o sítio arqueológico, situado
próximo a Çanakkale e ao Estreito de Dardanelos, na Turquia, está aberto à
visitação. Além de muros e colunas, há um anfiteatro romano no local, declarado
Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1998.
Em Éfeso na
Turquia, também podem ser contempladas as suas “ruínas”, notável cidade
greco-romana da Antiguidade. Chegou a ser a segunda maior cidade do Império
Romano, quando aqui funcionava um teatro projetado para cerca de 25 mil
espectadores. Além disso, abrigou o
templo dedicado a Ártemis, considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
Hoje restam apenas vestígios dele. Esse Patrimônio Cultural da Humanidade é
atualmente um dos sítios arqueológicos mais visitados no mundo.
Pompeia.
Localizada à 22 quilômetros de Nápoles, na Itália, Pompeia ficou oculta por
mais de um século após ter sido engolida por cinzas e lavas decorrentes da
erupção do Vesúvio. A antiga cidade romana é hoje um dos sítios arqueológicos
mais concorridos do mundo. E, de fato, proporciona uma visita impactante. História pura para quem gosta, não gosta, conhece e passa a conhecer.
Petra,
Jordânia. Alguém já deve ter visto pelo menos um dos quatro filmes de Indiana
Jones, certo? Pois bem. Fundada pelos
nabateus, Petra ficou mundialmente famosa com o filme “Indiana Jones e a Última
Cruzada”. Patrimônio da Humanidade desde 1985, o cartão-postal da Jordânia foi
mais recentemente reconhecido também como uma das Sete Novas Maravilhas do
Mundo. Esculpida na rocha, a imponente fachada de Al-Khazneh (Tesouro) tem 43
metros de altura e 30 metros de largura. Mas não se engane pois, não há nenhuma
réplica do Santo Graal e nem tenha medo de atravessar o brasão esculpido no
chão. Isso foi pura obra do cineasta Steven Spielberg e sua equipe de efeitos
especiais. Uma pena, pois daria mais realismo ao local e às suas visitas.
Persépolis,
Irã. Uma das metrópoles antigas mais suntuosas que o mundo conheceu. A capital
do Império Persa, que se estendeu do Egito à Índia, levou mais de um século
para ser edificada e exibiu em seu auge faustosas construções. Mas Alexandre, o
Grande, colocou fim a todo esse esplendor: invadiu, conquistou e tocou fogo na
antiga capital persa. Apenas em 1930 escavações arqueológicas revelaram o que
ainda restava no local, que fica no sul do Irã e está aberto ao turismo.
Sanchi, Índia.
É uma pequena cidade indiana famosa por
abrigar monumentos budistas. Durante muito tempo foi o maior santuário do
gênero na Índia. Contudo, permaneceu no esquecimento por mais de 600 anos até
ser redescoberta em 1818. As escavações revelaram a Grande Estupa de Sanchi,
Patrimônio da Humanidade e maior monumento em pedra do país.
Angkor,
Camboja. Antiga capital do Império Khmer, Angkor, reúne um infinito de ruínas e
templos impressionantes. Muitos deles já foram tomados pela floresta, como Ta
Prohm. A cidade nasceu e se desenvolveu entre os séculos 9.º e 15.º, quando
chegou a ser considerada a maior metrópole do mundo em seu tempo. Hoje, o
principal atrativo turístico do Camboja é visitado por milhares de pessoas a
cada temporada. Algumas das locações de filmes como "Tomb Raider" e "Caçadores da Arca Perdida", tiveram suas cenas rodadas nesta maravilha de lugar.
Teotihuacan,
México. De toda a península mexicana, Teotihuacan, talvez seja um dos locias
mais sagrados do México; e considerado ao mesmo tempo, o “berço” onde os deuses
foram criados. Fica a cerca de 40 quilômetros da Cidade do México e reúne um
dos conjuntos de pirâmides mais interessantes do país asteca e da Mesoamérica.
Complexo arqueológico de grandes dimensões, tem na chamada Avenida dos Mortos
alguns de seus templos mais representativos, tais como os dedicados ao Sol, à
Lua e a Quetzalcóatl, a serpente emplumada, divindade da guerra cultuada por
astecas, toltecas e maias, os quais a chamavam de Kukulcán.
Tikal,
Guatemala. É, simplesmente, o maior e um dos mais esplendorosos sítios
arqueológicos já escavados em todo o continente americano. Fica na Guatemala,
no meio da Floresta de Petén, e recebe milhares de turistas a cada ano. Foi,
sem dúvida, uma das grandes metrópoles maias em seu apogeu, o chamado período clássico,
compreendido entre 250 e 900 d.C. É reconhecido como Patrimônio da Humanidade
desde 1979 e guarda as maiores pirâmides maias, a exemplo do Templo do Jaguar.
Tiwanaku,
Bolívia. Tiahuanaco (ou Tiwanaku) revela os primórdios da cultura Inca. O sítio
arqueológico situa-se a cerca de 70 quilômetros de La Paz, na Bolívia, a meio
caminho para o Lago Titicaca. Acredita-se que esteja relacionado com o
florescimento dos huaris (waris), povo que dominou boa parte dos Andes e da
costa do Pacífico antes dos Incas. O complexo guarda uma construção dedicada a
Viracocha, o criador do universo na cosmovisão andina, assim como o Templo
Kalasasaya, entre outras ruínas. Tudo a 3.885 metros sobre o nível do mar. Haja fôlego...
Machu Picchu,
Peru. Ela não poderia faltar. Afinal, a fama de "cidade perdida" dos
Incas roda o mundo ainda hoje. Porém, Machu Picchu, no Peru, é muito mais:
representa o esplendor da cultura que dominou um vasto território que se
estendia do norte de Chile e Argentina até o sul da Colômbia. O que mais impressiona,
contudo, é constatar que seus edificadores deram um banho de engenhosidade ao
integrar a cidade ao entorno natural. Machu Picchu fica no topo da montanha de
mesmo nome, na área de transição dos Andes com a Amazônia, está cercada por
vales e penhascos e protegida por terraços projetados em cascata para prevenir
a erosão do solo. Patrimônio da Humanidade e uma das Sete Novas Maravilhas do
Mundo.
Agora é com você. Pegue as passagens, mochila nas costas e boas descobertas nestas civilizações perdidas ao redor do mundo.