quinta-feira, 12 de abril de 2012

Everest, o topo do mundo


Após quase 50 anos da subida do primeiro americano ao topo do mundo, o montanhista Conrad Anker e o fotógrafo Richards Cory vão refazer a jornada de 1963 rumo ao topos do Everest durante este outono. O anúncio oficial da expedição foi feito no último dia 16 de março, pela National Geographic Society (NGS), patrocinadora da escalada.


A rota que Anker e Richards escolheram é a mesma utilizada na histórica subida de 1963, a cordilheira oeste do Everest, um caminho pouco visitado pelos escaladores. A subida será feita no estilo alpino e será documentada por Richards. A expedição renderá uma reportagem que será publicada na revista NATIONAL GEOGRAPHIC no início de 2013.


Além do fotógrafo e do montanhista, uma segunda equipe de alpinistas integrará a subida. São eles: Kris Erickson, O'Neill Hilaree, Emily Harrington e Elias Sam. Erickson e O'Neill, que subiram algumas das montanhas mais difíceis do mundo, vão fornecer informações e ajudar os jovens Elias e Harrington, que têm tido mais experiências em escaladas no gelo. A expedição também terá levantamentos de dados científicos, iniciativa que será conduzida por geólogos da Universidade do Estado de Montana e por um time de especialistas em medicina da Clínica Mayo, em uma base de campo. Eles subirão o monte pela crista sudeste.


Os geólogos e pesquisadores vão reexaminar o cume do Everest com equipamento GPS para obter uma leitura mais precisa da altura atual da montanha, que foi calculada em 1999. Esta ação não se restringe a quantificar a extensão vertical do monte, mas também compreender como agem as placas tectônicas que se encontram abaixo dela. Também será estudada a composição das pirâmides da cúpula do Everest e a presença de animais marinhos fossilizados em suas rochas.


Já o acampamento de base vai monitorar os alpinistas de ambas as equipes, registrando dados em tempo real para um olhar abrangente sobre os impactos da alta altitude na fisiologia humana. Definhamento muscular e exaustão, edema pulmonar (água nos pulmões) e distúrbios do sono serão alguns dos problemas que eles esperam encontrar nos escaladores. As conclusões da equipe irão ajudar os atletas a suportar melhor as situações extremas, pois estas condições podem imitar sintomas experimentados por pessoas com diversas doenças, incluindo problemas cardíacos crônicos.


A expedição é patrocinada pela National Geographic Society e The North Face, com o apoio da Montana State University.

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