quinta-feira, 22 de março de 2012

Os mais belos jardins do mundo


Desde tempos imemoriais, o sonho do homem era ter uma casa. Aquecida no inverno, fresca no verão e protegida das intempéries. Um local onde ele podia se dedicar ao sono, ao descanso, ao estudo. O passo seguinte foi ter um belo jardim.

Entre os muros de sua residência criou um microcosmo, uma versão reduzida do mundo exterior. Um espaço não só para o recreio, mas também para a contemplação. Espelhos d’água, fontes e correntes imitavam rios e lagos. Plantas exóticas com desenhos ora caóticos, ora perfeitamente simétricos, remetiam a bosques e pradarias. Estátuas e escadarias traziam um relevo multidimensional, repleto de relevos, a espaços muitas vezes reduzidos.

Esta galeria traz alguns dos mais belos jardins do planeta, ora pequenos e minimalistas, ora monumentais e mirabolantes. Muitas vezes feitos para o deleite de alguns poucos, hoje todos estão abertos à visitação.

Em Keukenhof, Lisse, Holanda, provavelmente o parque de flores mais bonito do mundo. Localizado a pouco mais de meia hora do centro de Amsterdã, o De Keunkenhof encontra-se no coração da Rijnland, uma das maiores áreas de cultivo de tulipas do planeta. Seus bem cuidados jardins e alamedas estão repletos de espécies de todo o mundo e o parque ainda conta com estufas e viveiros encantadores.


Koishikawa Korakuen, Tóquio, Japão. No meio do complexo tecido urbano de Tóquio, uma pequena mancha verde destaca-se junto à moderna arena Tokyo Dome. Desenhado no século 17 por membros do clã Tokugawa, é um popular local de passeio. Por sua importância cênica e histórica, o Koishikawa Korakuen é protegido por uma lei nacional especial.


Este é o Museu Quai-Branly, localizado em Paris, França. O mais novo museu de Paris é dedicado às artes etnográficas das Américas, Oceania, Ásia e África. O impressionante acervo do Quai-Branly é seu ponto focal, mas o edifício projetado por Jean Nouvel não passa despercebido. Um de seus destaques é o jardim vertical, um muro vivo de 200 metros concebido por Patrick Blanc.


Célebre por cenas marcantes do filme “A Noviça Rebelde”, o Palácio Mirabell ostenta um jardim de opressiva beleza. É tudo tão limpo e bem cuidado que beira a falsidade. À sombra do Castelo e da Catedral de Salzburgo, tudo fica ainda mais encantador. Este belíssimo jardim fica em Mirabell, Salzburgo na Áustria.


Se estivermos falando de beleza, este sim é um oásis. O Templo e os Jardins Baha’i localizado em Haifa, Israel, são muito mais que uma religião, o Baha'i prega a unidade e harmonia entre os povos. Perseguidos na Pérsia (atual Irã) estabeleceram sua sede em Haifa, em Israel. Seus mirabolantes jardins e santuários dominam a paisagem da cidade em uma sucessão de degraus e plataformas suspensas.


O clássico jardim japonês reflete ambições paisagísticas que refletem um mundo em pequenas proporções. Construído sob as ordens do senhor feudal Tsuda Nagatada, no século XVII, sobre uma ilhota no rio Asahi, o Korakuen é considerado um dos mais perfeitos do país. A cidade de Okayama fica a cerca de 1h30 de trem-bala desde Hiroshima, no centro-oeste do Japão. Destaque para as dramáticas mudanças nas paisagens sazonais, com cerejeiras e ameixeiras em flor entre março e abril, e as folhagens de outono entre outubro e novembro. Este é Korakuen, em Okayama, Japão.


Chatsworth House, Reino Unido. Em se tratando de belezas naturais, os ingleses sabem como ninguém apreciar uma sessão de chá ao relento. Um dos países onde a jardinagem chegou ao status de mania é a Inglaterra. Plebeus e nobres são fanáticos pelo hobby e o próprio príncipe Charles dedica parte de sua movimentada agenda para cuidar de suas plantas. Não surpreende então que hajam grandes e bem cuidados parques públicos e que boa parte dos palácios do país possuam jardins de esmerado trato. Um dos mais famosos é o de Chatsworth House, a mansão do duque de Devonshire. Em uma área de mais de 100 acres encontram-se elementos de seis diferentes séculos. Destaque para a longa cascata e as estufas de plantas exóticas.


Chateau de Villandry, Vale do Loire, França. Versalhes pode ser considerado o mais famoso jardim francês, mas não é páreo para Villandry em termos de elaboração artística. Seu projeto paisagístico é uma colcha de retalhos e apuro técnico que faz a alegria dos entusiastas por labirintos e padrões simétricos. Construído no século 16 por um dos ministros de Francisco I, teve como base trabalhos renascentistas italianos.


E já que estamos falando da França, no Palácio de Versalhes, muito da fama dos seus jardins, vem de seu magnífico palácio, mas, convenhamos, o chateau não teria a menor graça sem seu magnífico projeto paisagístico. Fontes, estátuas, alamedas, um imenso tanque d’água e uma complexa trama de perspectivas são suas grandes atrações. André Le Nôtre coordenou uma grande equipe que incluiu Charles Le Brun, Jean-Baptiste Colbert e Jules Hardouin-Mansart. O próprio rei dava a palavra final em muitos dos detalhes desta obra superlativa.


Um festival de perspectivas e ambientes é virtualmente impossível conhecer os jardins de Versalhes em toda sua totalidade em apenas um dia.



No Brasil, também existem belezas exuberantes. No Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, por exemplo, no Olimpo das grandes atrações turísticas, o Jardim Botânico é um dos mais discretos campeões na preferência dos turistas. Vitórias-régias enormes, bambuzais colossais, perspectivas infinitas, orquidários e bromeliários enchem os olhos dos visitantes aos pés do Cristo. As palmeiras imperiais continuam ali, imponentes como sempre.


Garden of Cosmic Specullation, Dumfries, Escócia. A atração central aqui não são plantas exóticas, nem mesmo uma curadoria botânica. O paisagismo deste curioso parque é a ciência aplicada em matemática, física e astronomia, com conceitos espelhados em esculturas, lagos e em seu curioso relevo. Concebido pelo arquiteto Charles Jencks, esta é uma propriedade particular, mas que ocasionalmente é aberta ao público.


Palácio de Caserta, Itália. As amplas perspectivas, o amplo uso da água em fontes, cascatas e espelhos d'água e o impressionante conjunto barroco do palácio dos reis de Nápoles valeram ao Reggia di Caserta o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Localizado a 35 quilômetros de Nápoles, seus amplos jardins são um passeio que complementam a perfeição a suntuosidade setecentista do edifício principal.


Em Generalife, na Espanha, na imensa vega árida da Andaluzia, o Palácio Alhambra, em Granada, é uma jóia arquitetônica que mantém-se como símbolo maior e mais duradouro da presença árabe na Europa. O palácio de verão Generalife, logo ao lado, é um oásis repleto de jardins que traz um bem-vindo frescor ao ambiente, repleto de espelhos d'água, fontes e pátios. A escadaria cujo corrimão é uma corrente de água é de delicada sensibilidade.


Este é o jardim de Huntington Library, em Los Angeles, E.U.A.. Localizado a apenas 20 quilômetros do centro de Los Angeles, o Huntington é uma instituição que reúne biblioteca, coleção de arte e os famosos e amplos jardins. Mais de 40 jardineiros e 100 voluntários cuidam do parque botânico de 200 acres, que conta com plantas vindas da Austrália, Japão e China, além de outros mais, com ambientações típicas. Destaque para a área reservada para diversos tipos de cactos.


Pequenos ou monumentais, exóticos ou minimalistas, estes são os magníficos oásis verdes ao redor do mundo. Não dá vontade de ter um desses ?!















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