Foi-se o tempo em que as aventuras do Agente 007 James Bond,
fiel escudeiro a serviço secreto de Sua Majestade a rainha, era sinônimo de
surrealismo e fantasia do impossível. Ostentando uma rica e vasta galeria de
vilões, todos como o mesmo objetivo em comum, ou seja, sempre conquistar e
dominar o mundo; o velho mesmo sonho destes capitães da indústria, senhores
supremos do mal. Não que isso interfira também nas conquistas amorosas de
exuberantes “Bondgirls”, o que James Bond sabe fazer melhor que ninguém.
Qual será o motivo pela qual multidões são atraídas ao
universo fantástico de 007? Existe uma explicação plausível para tanto sucesso
em 50 anos de existência? Tanto na literatura, como no cinema, James Bond é o
que se pode chamar de atração para todas as faixas etárias.
Nada de canetas explosivas, cigarros lança-misseis, relógios
detonadores que ativam laser, entre outras gadgets que fizeram o personagem de
Ian Fleming se tornar tão popular aos cuidados de seu “Anjo da Guarda”, o
armeiro responsável pelo Q-Branch, Major Boothroyd, ou mais conhecido como “Q”,
agora na pele de um jovem geek (na brilhante interpretação do ator Ben Wishaw),
que segundo ele mesmo, é capaz de fazer um grande estrago apenas com um
notebook até vestindo pijamas. Saem de cena os atores Sean Connery, Roger
Moore, George Lazenby, Timothy Dalton e Pierce Brosnan, e eis que surge Daniel
Craig.
Parrudo, muitas vezes criticado por sua atuação e faltar com
os quesitos simpatia, classe e carisma, parece ter se encontrado nesta 23ª
aventura da franquia mais longínqua de uma das séries cinematográficas mais
rentáveis dos últimos tempos. Estamos falando de "007 Operação Skyfall - SKYFALL".
Após um jejum de 4 anos temendo e correndo o risco da
franquia tornar-se obsoleta, os produtores resolvem reinventar o personagem
trazendo o lado mais humano ao público. O que de fato, nem sempre foi assim. Em
Cassino Royale e em sua continuação Quantum Of Solace, Daniel Craig teve a oportunidade
de mostrar seu talento. Mas é em 007 - Operação Skyfall, que seu James Bond
finalmente encontra o caminho para o sucesso.
Tudo funciona perfeitamente. Desde a sua atuação, o que
impressiona e convence tanto como 007, quanto a trilha sonora, o enredo,
locações, Bondgirls e um vilão que realmente não somente assusta, mas também
rouba a cena como um oponente à altura, de mente perturbada e doentia e que há
tempos não éramos brindados com um tipo tão rico e ao mesmo tempo tão perigoso.
Assim pode ser descrito o personagem de Javier Bardem.
Mas existem pequenas falhas, sintonia fina que acreditamos
que nas próximas aventuras estarão todas elas em seus devidos lugares.
Daniel Craig está tão incrivelmente à vontade, que o que se
vê diante dos próprios olhos é James Bond. E se antes, dúvidas pairavam no ar
quanto ao seu desempenho, agora pode se afirmar com todas as letras e sílabas
que Craig merece o respeito e reverência até dos mais antigos e
tradicionais fãs. Seja bem vindo aos corações de devotados fãs neste novo bravo
novo mundo.
Operação Skyfall, não é o fim e sim o início de uma nova era
Bondiana.
Dani! lendo isso vindo isso de vc só me deu mais vontade de ver o filme agora mesmo. Como previa qdo Craig entrou, ele nunca vai ser melhor q Connery e Pierce mas tem tudo p/ ser lembrado como Bond daqui a uns anos de outra forma, como aquele q ousou mudar tudo. Belo texto meu irmãozinho. Bjs
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