domingo, 10 de junho de 2012

Pipoca e cinema. Uma dupla de sucesso.

Muitas vezes quando você vai ao cinema, é sintomático que uma pipoquinha seja adquirida para a sua sessão de cinema. Mas, você saberia dizer como nasceu o hábito de comer pipoca no cinema? Pois veja como surgiu essa mania.

Não se comia pipoca até por volta de 1840, quando o petisco começou a ser vendido em feiras, festivais e comícios norte-americanos. A primeira máquina portável de fazer pipoca foi inventada em 1885, fazendo aumentar sua popularidade. Onde havia aglomerações de gente, havia vendedores de pipoca. Barata, gostosa, salgadinha e crocante… era um sucesso! Com a ascensão da Sétima Arte, os vendedores de pipoca, em busca de mais um mercado, passaram a estacionar seus carrinhos na porta dos cinemas. Era o início da década de 1910, o auge da Belle Époque,  e os cinemas de rua, construídos para as elites, eram sofisticados. A sujeira deixada nas salas, o forte cheiro da pipoca e a associação do petisco com programas populares irritaram os donos dos estabelecimentos, dificultando a fixação dos pipoqueiros. Além disso, os mais tradicionais diziam que o hábito de comer no cinema distraía os espectadores, já que as pessoas levantavam no meio do filme para ir até a rua encher o saco de pipoca. Não demorou muito para que os donos de cinemas percebessem que a pipoca era um negócio lucrativo. Em 1925, o norte-americano Charles Manley criou a primeira máquina elétrica de fazer pipoca. Alguns anos depois, com os Estados Unidos mergulhados na Grande Depressão, a pipoca saiu na frente: era o petisco que o consumidor podia pagar. Os cinemas então instalaram as máquinas de Manley dentro dos estabelecimentos e as vendas deslancharam, iniciando-se assim a tradição. Os lucros com a pipoca tornaram possível a redução dos preços dos ingressos, consagrando o cinema como um entretenimento acessível à maioria dos americanos.


Com a popularização da televisão, na década de 1940, que provocou nova queda na frequência dos cinemas, a venda de guloseimas tornou-se essencial para o sustento dos estabelecimentos. A mobilização da Segunda Guerra Mundial levou a uma queda na produção de alimentos, dificultando o investimento na venda de balas e doces. O jeito foi, mais uma vez, apelar para a pipoca. Quando a produção de guloseimas voltou a crescer, no fim da década, a dupla pipoca/cinema já era inseparável.

Nos anos 50, os lucros com a venda de pipoca ultrapassaram o montante ganho com os ingressos dos filmes. Com a invenção do videocassete e dos fornos de micro-ondas, o hábito de comer pipoca assistindo a filmes invadiu as salas de estar. Hoje, as vendas de comidas e bebidas correspondem a 33% da receita dos cinemas e a mais de 50% dos lucros. Isso porque, diferentemente da receita dos ingressos, que é dividida com o estúdio de produção, a arrecadação proveniente da pipoca pode ser integralmente aproveitada pelo cinema.




Contribuição desta matéria: DANIEL SAWAYA

Um comentário:

  1. Uma deliciosa combinação q deu mto certo. E p/ ficar melhor ainda, acrescenta - se à ela um bom filme e amigos. Bjs

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