A Macaúba é
uma espécie de palmeira nativa das florestas tropicais, cuja característica
principal é a presença de espinhos longos e pontiagudos na região dos nós. A
palmeira chega a atingir 15 metros de altura, caracteriza-se pelo estipe reto recoberto
pelos restos das folhas velhas, além dos espinhos já mencionados. As folhas
atingem até 1 metro de comprimento e as flores são agrupadas em cachos,
pequenos e amarelos. Seu fruto é globoso, liso, e de coloração marrom-amarelada
quando maduro. Tradicionalmente, no Pantanal mato-grossense, a comunidade
utiliza no âmbito doméstico suas folhas, frutos e sementes para diversos fins.
Em outras regiões brasileiras, já estão sendo comercializados, de forma
incipiente, produtos derivados desta palmeira.
Recentemente,
a espécie tem sido vista como uma excelente alternativa para a produção de
biocombustível.
Diante da
expectativa de uma demanda cada vez maior provocada pelas crescentes
dificuldades de exploração dos combustíveis fósseis e também por sua utilização
como estratégia política, um programa para os biocombustíveis terá, cada vez
mais, que levar em conta a utilização de plantas de alta produtividade como
matéria-prima. Assim como as fontes energéticas, a questão da água também
adquire importância cada vez maior, são vários indicadores preocupantes que
apontam problemas climáticos e escassez de água.
A macaúba
atende essas condições com vantagens sobre outras plantas culturais que ocupam
hoje posição de destaque no Brasil na produção de biodiesel, como a soja e o
dendê. Embora com um potencial menor que da soja para produzir óleo, a macaúba
ganha pelo volume que pode passar de 30 toneladas de biomassa por hectare,
enquanto no caso da soja é de apenas 4%; o que resultaria em cerca de 5 mil
litros e um mil litros de biodiesel por hectare, respectivamente. Além disso, a
macaúba, uma palmeira rústica, necessita de pouca água, concorrendo, nesse
caso, também com a palma ou dendê.
Segundo
Décio Luiz Gozzoni, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Soja, a
demanda potencial do biodiesel para 2020, de acordo com a Agência Internacional
de Energia (AIE), em apenas oito países, saltará de 34,7 milhões de toneladas
em 2010 para 133,8 milhões em 2020, com um incremento próximo de 300%. Os
Estados Unidos se manterão como o principal consumidor, saltando de 14,8
milhões para 51,5 milhões de toneladas, mas percentualmente o grande incremento
será mostrado pelo Brasil cujo potencial de consumo será de 20 milhões de
toneladas em 2020, cerca de 900% acima dos dois milhões de toneladas de 2010. É
dentro dessa perspectiva de mercado que Gozzoni insere a macaúba, cuja vocação
para produzir óleo foi pesquisada pela Embrapa com bons resultados na década de
80, quando a palavra biodiesel, assim como a macaúba hoje, era desconhecida da
grande maioria das pessoas.
Outra linha
importante de estudo é o comportamento do endocarpo de macaúba para a produção
de carvão vegetal, em especial, quando comparado à madeira de eucalipto.
Segundo José de Castro Silva, engenheiro florestal e professor da Universidade
Federal de Viçosa, os endocarpos de palmáceas apresentam maiores valores de
rendimento gravimétrico em carvão, rendimento em carbono fixo, teor de cinzas e
densidade aparente, quando comparados com a madeira de eucalipto. Este segundo,
apresenta valores mais elevados para a densidade real, porosidade e teor de
carbono fixo. Com o resultado de experimentos desenvolvidos, concluiu-se que o
carvão de endocarpo das palmáceas pode ser considerado superior ao carvão da
madeira de eucalipto.
Pena q existam plantas em extinção justamente pelo poder medicinal delas mas de certo são mto mais eficazes q remédios convencionais de farmácia. Só se tem q tomar cuidado p/ não ingerirmos nenhuma plantinha sem conhecer bem pq mtas vezes não percebemos quais são venenosas. Bjs
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