Muitas vezes
quando você vai ao cinema, é sintomático que uma pipoquinha seja adquirida para
a sua sessão de cinema. Mas, você saberia dizer como nasceu o hábito de comer
pipoca no cinema? Pois veja como surgiu essa mania.
Não se comia
pipoca até por volta de 1840, quando o petisco começou a ser vendido em feiras,
festivais e comícios norte-americanos. A primeira máquina portável de fazer
pipoca foi inventada em 1885, fazendo aumentar sua popularidade. Onde havia
aglomerações de gente, havia vendedores de pipoca. Barata, gostosa, salgadinha
e crocante… era um sucesso! Com a
ascensão da Sétima Arte, os vendedores de pipoca, em busca de mais um mercado,
passaram a estacionar seus carrinhos na porta dos cinemas. Era o início da
década de 1910, o auge da Belle Époque, e os cinemas de rua, construídos
para as elites, eram sofisticados. A sujeira deixada nas salas, o forte cheiro
da pipoca e a associação do petisco com programas populares irritaram os donos
dos estabelecimentos, dificultando a fixação dos pipoqueiros. Além disso, os
mais tradicionais diziam que o hábito de comer no cinema distraía os
espectadores, já que as pessoas levantavam no meio do filme para ir até a rua
encher o saco de pipoca. Não demorou muito para que os donos de cinemas
percebessem que a pipoca era um negócio lucrativo. Em 1925, o norte-americano
Charles Manley criou a primeira máquina elétrica de fazer pipoca. Alguns anos
depois, com os Estados Unidos mergulhados na Grande Depressão, a pipoca saiu na
frente: era o petisco que o consumidor podia pagar. Os cinemas então instalaram
as máquinas de Manley dentro dos estabelecimentos e as vendas deslancharam,
iniciando-se assim a tradição. Os lucros com a pipoca tornaram possível a
redução dos preços dos ingressos, consagrando o cinema como um entretenimento
acessível à maioria dos americanos.
Com a
popularização da televisão, na década de 1940, que provocou nova queda na
frequência dos cinemas, a venda de guloseimas tornou-se essencial para o
sustento dos estabelecimentos. A mobilização da Segunda Guerra Mundial levou a
uma queda na produção de alimentos, dificultando o investimento na venda de
balas e doces. O jeito foi, mais uma vez, apelar para a pipoca. Quando a
produção de guloseimas voltou a crescer, no fim da década, a dupla pipoca/cinema
já era inseparável.
Nos anos 50,
os lucros com a venda de pipoca ultrapassaram o montante ganho com os ingressos
dos filmes. Com a invenção do videocassete e dos fornos de micro-ondas, o
hábito de comer pipoca assistindo a filmes invadiu as salas de estar. Hoje, as
vendas de comidas e bebidas correspondem a 33% da receita dos cinemas e a mais
de 50% dos lucros. Isso porque, diferentemente da receita dos ingressos, que é
dividida com o estúdio de produção, a arrecadação proveniente da pipoca pode ser
integralmente aproveitada pelo cinema.
Contribuição desta matéria: DANIEL SAWAYA
Contribuição desta matéria: DANIEL SAWAYA
Uma deliciosa combinação q deu mto certo. E p/ ficar melhor ainda, acrescenta - se à ela um bom filme e amigos. Bjs
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