O fim do mundo. Ciência ou superstição?

Jamais vista em toda a história da humanidade, uma data foi tão significante para tantas culturas, religiões, cientistas e governos. Os mais céticos afirmam quem em 21 de dezembro de 2012, o mundo terá seu prazo final de validade. Outros, já dizem o contrário. O mundo, não vai acabar. E você, o que pensa a respeito? Será mesmo que os Maias acertaram em suas previsões? Charlatanismo, ciência ou superstição? Você acha mesmo que o mundo irá acabar em 2012? Pode parecer piada, mas milhares de pessoas no mundo inteiro se preparam para um período dramático. Os que esperam por uma grande catástrofe natural, buscam abrigos no alto das montanhas. Os que temem a falência do sistema econômico constroem casas subterrâneas e há até quem estoque alimentos. E os que tentam conviver em plena harmonia com a natureza. Místicos, buscam desvendar antigas e velhas escrituras e os segredos de um calendário milenar, enquanto os físicos, estudam explosões solares. Apesar de todo esse alarde, os cientistas garantem que nada irá acontecer. Mas afinal, por que tanta gente acredita no fim do mundo?

No centro de uma das maiores megacidades, São Paulo, é comum se deparar com certos “pastores” e “pregadores” que anunciam o “Dia do Juízo Final”. Em meio a maremotos, terremotos entre outros cataclismas de origem catastróficas, esses senhores que se julgam “Emissários de Deus”, afirmam com convicção de que o mundo, irá acabar. Só não sabem quando.

Em Canela, no Rio Grande do Sul, danças, rituais e muita meditação. Uma vida pacata e simples. Encontrado um grupo que além de praticar todas essas atividades, plantam para comer. Se preparam para a chegada de uma nova era. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, através de um espetáculo multimídia, jovens e adultos, são atraídos pelas profecias do fim do mundo. Mas afinal, nossos dias estariam mesmo contados. Catástrofe, colapso econômico ou simplesmente o encerramento de um ciclo sobre a teoria do fim do mundo, divide opiniões. Mas também, esbarram nas evidências científicas. Isso porque até hoje, nenhuma previsão tenha dado certo. Ainda assim, novas profecias decretam que o fim da humanidade, está chegando. Os místicos, de olho no calendário, afirmam que faltariam 316 dias para uma data fatídica, ou seja, 21 de dezembro de 2012. Exatamente neste dia, termina o calendário criado pela civilização Maia. Não há registros sobre o que aconteceria depois desta data, mas não faltam especulações. Para algumas pessoas, o mundo já vem se deteriorando há tempos. E de acordo com elas, não é bem o mundo que irá acabar, mas sim as pessoas. De acordo com estudiosos, os Maias, uma civilização extremamente desenvolvida, viviam no sul do México e em alguns países da América Central. Entre o ano 2000 a.C. e até o século XVI, os Maias, construíram cidades muito grandes à sua época, cidades por exemplo, consideradas maiores que as europeias e também tiveram um avançado sistema de escrita. Excelentes astrônomos, os Maias possuíam diversos calendários que funcionavam simultaneamente como uma engrenagem.

5126, o ano que corresponde a 2012, marca o fim de um grande ciclo. A única herança deixada pelos Maias, foi um calendário onde há o início e o fim. Em Tortuguero, no México, há um monumento cujo um registro misterioso, marca o fim do calendário e a volta de Deuses, divindades Maias à Terra. Porém, especificamente, nada se diz a respeito de um fim de mundo. Ocorre, no entanto, que diante de tantas lendas e profecias, transformou o ano de 2012, em um ano mítico. Pegando carona nessa onda, os estúdios de Hollywood, produziram um filme catástrofe. Curioso, é ver o Rio de Janeiro com uma das vítimas desse cataclisma em massa. Em locais onde há uma programação mais voltada para o tema em questão, que são os planetários, existe uma explicação que, o mundo realmente irá acabar, mas daqui a milhões e milhões de anos. O fim do mundo é inexorado e irá acontecer de fato, porém, não em uma escala humana. Afirmam os estudiosos, por se tratar de um outro tipo de tempo, ou seja, um tempo astronômico. Mas ainda há quem afirme que os maiores perigos virão do espaço. Como por exemplo, a queda de um gigantesco asteroide, colocaria em risco todo o planeta. Não se deve descartar que há milhões de anos, essa foi a causa principal da extinção dos dinossauros. Diferentemente destes animais pré-históricos, os astrônomos possuem hoje uma tecnologia avançada para observar o céu. Por isso, os astrônomos estão de olho, e observam com atenção especial e redobrada a rota do asteroide Apophis. A princípio, afirmam os especialistas, é o que tem mais chances de nos causar problemas. Sabe-se que em 2029, ele passará novamente próximo à Terra, e não irá se chocá-lo com o planeta. Porém, a proximidade com que passará pela Terra, pode alterar a orbita desse asteroide, provocando e representando um risco maior em sua próxima passagem. O que seria em 2036. Mas não é nenhum motivo para se perder o sono.

Astronomia e astrologia. Duas formas distintas de se estudar o céu. Enquanto a primeira realiza pesquisas científicas, a segunda procura ler os segredos que estão escritos nas estrelas. E elas dizem, que por enquanto, nós podemos dormir tranquilos. O mundo não vai acabar no sentido de término físico, mas hoje, simbolicamente, se constitui em um mundo em transição e um novo mundo, que começaria do zero. Tudo novamente. O fim simbólico se daria a um recomeço.

A força e o poder dos números. O que significa o ano de 2012. A soma dos algarismos que resulta no número 5. Segundo os numerólogos, é um número que está relacionado a um ano repleto de imprevistos, instabilidades, mas também a capacidade de se recuperar deles. Um ano para mudar e mudar, para melhor. Praticamente, um ano onde o próprio ser humano, terá a chance de se tornar uma pessoa melhor.

O mundo, claro que não vai acabar. Mas irá acabar a forma como nós seres humanos interagimos com esse terror, que gerará amor. Já que o fim do terror está associado ao fim da violência, ao fim da miséria. O que realmente irá acabar será essa cultura destrutiva em que vivemos. E que será renovada por uma cultura pacífica e construtiva.