Quem disse que sites de relacionamentos são exclusivos para pessoas? As redes sociais para bichinhos de estimação vão ficando cada vez mais populares e ganhando mais adeptos tanto no Brasil quanto no mundo. Exemplo disso são os sites Petis, Animal Club e The Pet’s Universe, que estão aí para mostrar que essa nova mania veio para ficar. E as redes acabam se tornando um ambiente propício para se apaixonar por esses animais, que esbanjam alegria em fotos engraçadas e fofas. Mas existe também um espaço para trocar dicas e experiências – por exemplo como agasalhar o seu bicho no frio ou a melhor maneira de usar produtos de limpeza sem intoxicar seus animais. Além disso, os donos mostram a preocupação com assuntos que vão desde maus tratos, direito dos animais, doenças, divulgação de bichos desaparecidos até adotar um animal de rua.
A musicista Aline Love, de 29 anos, e seu marido Carlos Vinícius de Sá, de 30 anos, acharam por acaso a rede social Animal Club e logo cadastraram seu beagle Erasmo Carlos, de 11 meses. Como você provavelmente já percebeu, o cão recebeu o mesmo nome do cantor e compositor brasileiro, já que os donos são grandes admiradores do trabalho e da personalidade do "Tremendão". O cachorro possui quase 6 mil bichos "filiados" (animais que o seguem), entra todos os dias no site e adiciona regularmente todos os novos membros - sejam eles cães, gatos, aves ou répteis. Erasmo, que mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, até adicionou os donos dos animais no Facebook e MSN. Mas, infelizmente, não conseguiu marcar um encontro fora do mundo virtual por causa da distância, já que não existem muitos usuários em sua cidade. Para Aline, o carinho por seu cão fez com que ela o incluísse em uma rede social para pets. A vontade de cadastrar seu bichinho de estimação é antiga. Antes de criar um perfil no Animal Club, o beagle também já fez parte do PlugPet e Facedog. Ele até tem um perfil no Facebook, na qual posta fotos, vídeos, curte e comenta as publicações dos outros - igual a qualquer pessoa com um perfil na rede social. Além disso, Erasmo é adicionado pelos amigos de Aline e até por muitos beagles do exterior.
O casal tem muitas histórias para contar sobre o seu cão. Uma delas aconteceu quando Aline resolveu comer biscoito de água e sal com um pote de chimia, parecido com uma geleia, e dar metade para o Erasmo. Mas, acidentalmente, ela derrubou as duas partes no chão. “Ele comeu a metade dele e ficou empurrando com o focinho a minha parte para eu comer. Foi muito engraçado, pois os beagles são esganados. Eu imaginei que ele fosse abocanhar tudo, mas ele teve consideração", disse. O perfil de Erasmo no Animal Club tem muitas fotos fofas e engraçadas. Nelas, ele aparece filhote, brincando com os amigos e até comendo petiscos. Confira abaixo o vídeo da primeira Páscoa do cão.
A poodle Dory, de 3 anos, é mais um dos animais que aderiu a febre das redes sociais para bichinhos. A dona e enfermeira Márcia Marrocos, de 39 anos, conheceu o site por meio de uma amiga e a sua cadelinha já se encontrou com outros pets do mesmo prédio - que também têm perfil no site de relacionamento. Para a moradora de Recife, em Pernambuco, os donos são apenas os meios para que o bichinho de estimação faça parte dos sites de relacionamento, ou seja, o portal é totalmente focado neles. “Amo muito os animais e estar num lugar onde as pessoas entendem e valorizam essa relação é muito bom, e desta vez quem tem a "voz" são eles. Eu sempre digo para os meus filhos e amigos que a Dory "conversa" comigo e eu consigo entender o que ela quer, se está triste, feliz ou com medo”, ressalta.
Outra usuária apaixonada por animais é a comerciante Eneida Fernandes, de 43 anos, que praticamente possui um zoológico em casa. Isso porque ela tem a poodle Paty, de 10 anos e os calopsitas, Bolachinha, de 3 meses, e seus pais Biscoitinho, de 9 meses, e Julieta, de 2 anos. E o mais impressionante: todos eles estão na rede social Animal Club, exceto o Bolachinha.
Cada um dos seus bichinhos tem, em média, 50 amigos. Paty tem na sua lista cachorros enquanto os calopsitas se relacionam no site com pássaros. Apesar dos encontros e “cãosamentos” promovidos pelos usuários, os animais de Eneida não conseguem encontrar pessoalmente os amigos da rede social, pois moram longe dos locais dos eventos. A moradora de Porto Velho, em Rondônia, destaca que sempre gostou bastante de bichinhos, e isso fez ela cadastrar os seus animais em uma rede social. É tanto amor, que ela ainda deixou de lado o MSN e Orkut de uso pessoal para entrar mais vezes na rede social dos seus animais: "Quando vi o site do Animal Club com tantos bichinhos e cada um com uma história fiquei apaixonada”, disse.
Os pets de Eneida tem várias manias engraçadas. A Paty gosta de comer cream cracker e arranca as plantinhas recém-plantadas da dona, enquanto o Biscoitinho sabe assobiar a música “Atirei o pau no gato”. Biscoitinho, que é o xodozinho da dona, tem mais de 90 fotos e vários vídeos fofos. Veja abaixo o calopsita aprendendo a assobiar.
Você encontrará nas redes sociais Petis, The Pet’s Universe e Animal Club as mesmas ferramentas dos demais sites de relacionamento (como Facebook, Orkut e afins):possibilidade de enviar fotos, vídeos e criar comunidades. Mas eles apresentam uma interface voltada para o seu público-alvo e o melhor de tudo: promove uma interação entre os animais. Confira abaixo os sites direcionados aos melhores amigos do homem. O fundador e administrador do site Petis, Rudinei Modezejewski, de 41 anos, conta que a rede social voltada para os animais estreou em novembro de 2010. O portal foi criado com o intuito de achar uma namorada para o cão Lucky, da raça Dachshund, mas após ver o crescimento do projeto ele decidiu mudar o foco, investindo na troca de experiências e de informações.
Para ele, o site também é utilizado para gerar uma interação entre os usuários da rede social e as indústrias do setor pet, canis e petshops, por exemplo. “O objetivo principal é ter um espaço para compartilhar experiências com outras pessoas que também tem bichinhos de estimação e os amam, mas estamos ampliando para algo mais nobre: ajudar os animais de rua e quem os protege, ou seja, as ONGs e Protetores”, disse. O site de relacionamento, que tem pouco mais de mil usuários cadastrados, tem público predominantemente feminino, entre 20 e 40 anos, deixando as crianças e adolescentes de fora desta estatística. Em relação à quantidade de perfis, Rudinei destaca que os cães ganham por pouco. “Temos uma pequena diferença a favor dos cães, mas é pequena... também temos pessoas que tem lagartos, peixes, aves e até coelhos”, ressalta. Existe ainda, dentro do site, um espaço para blogs, grupos e fóruns de discussão. Neles, é possível contar experiências com os bichinhos, e muitos deles mostram usuários engajados com diversos temas como maus tratos de animais, direito dos bichos e divulgação de pets desaparecidos. Ele mostra que posts sobre animais perdidos se difundem rapidamente em outras redes sociais e muitas vezes, pensa que, ao ver tanta gente envolvida e com os mesmos laços de amor pelos animais as pessoas se sentem mais à vontade para perguntar, opinar e até pedir ajuda, conforme ele tem observado Segundo Rudinei, o Petis se aproxima dos demais sites de relacionamentos (como Facebook e Orkut) pelo formato e navegação, já que a rede social utiliza a plataforma NING, que é bastante conhecida. Por outro lado, eles se diferenciam na validade das publicações, uma vez que no Petis os debates são muitas vezes respondidos depois de criados, o que garante que novos leitores “acrescentam mais coisas e retro-alimentem” as discussões.
A rede social Animal Club, que possui cerca de 7.150 donos e 10.000 animais de estimação, foi criada pelo programador, Hiury Barbiero, de 22 anos, e a web designer, Paloma Rondon, de 23 anos, em maio de 2011. Como é de se imaginar a grande parte dos perfis são de cachorros. Depois deles estão os gatos, pássaros, roedores, peixes, coelhos, tartarugas, cobras, lagartos, aranhas, e até ouriço do mar.
A inspiração surgiu na procura de amigos para o poodle Chameguinho. E quando o cachorro morreu, com apenas 1 ano e meio, no final de 2010, os fundadores do site pensaram em desistir, mas a cadela Ternura, com 3 meses na época, também da raça poodle, que deu forças para conseguir concluir o projeto. Segundo Hiury, o site promove um relação mais forte entre o dono e seu bicho de estimação.
A rede social tem ferramentas curiosas. Exemplo disso é a aba Falam de Mim, que mostra o que as pessoas divulgam a respeito do seu bichinho no site e a opção Meu Dono, com informações pessoas dos proprietários dos pets. Além disso, você pode procurar pelo animal com uma busca detalhada por: nome, sexo, gênero, raça, relacionamento, cidade, estado e país. Para Hiury, o objetivo desse recurso é a possibilidade de encontrar uma pessoa que tenha o mesmo animal que o seu para que seja possível um encontro pessoalmente. Com 35%, a faixa etária predominante na rede social está entre 21 e 30 anos. Logo atrás estão os usuários entre 16 e 20 anos (19%), menos de 15 anos e entre 31 e 40 anos (17%), entre 41 e 60 anos (11%) e, por último, mais de 60 anos (1%).
Outro dado revela que 26% dos homens estão presentes no site, enquanto 74% das mulheres criaram perfis para os seus bichinhos de estimação. Isso revela, mais uma vez, que tanto o Animal Club quanto os demais sites voltados para os animais concentram na sua maioria o sexo feminino.
Segundo a equipe do Animal Club, o público costuma trocar, em média, 1.000 mensagens por dia. Isso faz com que os usuários costumam publicar as atividades que praticam com seus animais e os momentos descontraídos através de fotos, vídeos e recados, contando geralmente o que o animal andou “aprontando”.
A ideia para fazer a rede social surgiu da filha, Fernanda Mendes, do fundador do The Pet’s Universe, Flávio Mendes, de 48 anos, que o estimulou a criar o PetBook, uma referência ao Facebook. A partir disso, ele, que trabalha com novas mídias na IBM, aliou o seu trabalho com o desejo da menina. O site, oficialmente lançado em 20 de janeiro de 2011, tem de tudo: cachorros, gatos, tartarugas, porquinhos da índia, calopsitas e até mesmo um cavalo. Não é de se espantar que o portal tenha 3.460 membros. Na página inicial do site existe, por exemplo, um espaço para divulgar aniversários, "o que está acontecendo agora" e dicas com especialistas na coluna chamada Dr. Koleira, que tem como meta, fornecer informações de veterinários. No verão, por exemplo, colocamos informações para que os pets sofram menos com o calor. No inverno, informações para lidar com o frio. Na época de festas de final de ano, dicas gastronômicas. O The Pet's Universe recebeu mais de 100 mil visitas e 800 mil acessos em um ano, segundo informações do Google Analytics. Além disso, internautas ao redor do mundo acessaram a rede social, como Estados Unidos, França, Alemanha e Japão. E claro, usuários cadastrados em vários estados com visitas que alcançam mais de mil cidades. O público cativo do site revela diferentes faixas etárias – adolescentes até terceira idade. Existem cerca de 60% de perfis de cães, 35% de gatos e os demais bichos correspondem a 5%. Segundo Flávio, eles participam de comunidades com um mesmo interesse em comum, seja para procurar um companheiro(a) para o seu animal ou para aqueles que moram no exterior. “Já tivemos caso de animais de estimação que encontraram um companheiro e até se casaram. Faz pouco tempo que um dos membros adoeceu, e logo criaram uma comunidade de solidariedade para este membro. É um grupo bem ativo”, destaca.
Adorei, é uma gde brincadeira q na minha opinião é mais p/ conscientizar aqueles q maltratam os animais q os nossos amiguinhos de 4 patinhas tb são criaturas de Deus e merecem respeito. Bjinhos e miaus (da Francesca). Nós te amamos
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado Patthy. Agora é só compartilhar com o povo...
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